Versos arrastados
Minha memória sempre revisita o “nós”
Pacato, fechado, o lábio sorri, chama por ti
Você vem, invade meus sonhos, você é meu algoz
Você é aquela por quem me derreti
É difícil aceitar a distância
Na ânsia de te ver, nada me cansa
Minha ganância sempre te alcança
Como se fosse criança, revivo a infância
Despido de sentido, estou de novo
Esperando o tempo perdido
Querendo ser, mas no momento,
Sendo corroído, sou preterido
Sou aquele que não te daria meu mundo
Mas de novo, cá estou eu,
Moribundo, imundo, destruído
Dizendo que, no fundo, você, que é mundo
Um mundo doído,
Um caos, alarido
Uma voz que me chama no fundo
Volta e mostra tua cara,
Assume teu papel e destrói a incerteza
A dúvida te perturba e mascara
Enevoa tua alma, acaba com a delicadeza
Preciso de você, inteira, mulher
Preciso pra ontem, num tempo qualquer
Preciso enfim poder te contar,
Da beleza que é te amar
Da barulho que paira no ar
Quando abro os olhos e vejo que o sonho
Só serve se for pra sonhar
Bruno Theodosio
Show de bola, Brunão!!!
Sério, de verdade mesmo, o adjetivo “sensacional” para essa poesia é pouquissimo.
Parabéns mesmo Bruno!
Espetacular!
Arrasou Bruninho!!! Parabéns, muito linda a poesia.